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| Reprodução da Internet |
Cesar Cielo finalmente quebrou o
gelo e entrou pela primeira vez na piscina do Centro Aquático dos Jogos
Olímpicos Londres 2012 nesta terça-feira, 31 de julho. Controlando o ritmo, o
medalhista de bronze da prova em Pequim 2008 fez apenas o suficiente para
garantir sua vaga na semifinal dos 100m livre, com o 10º das eliminatórias
(48s67). O nadador volta à água no fim do dia para brigar por um lugar na
final, assim como Tales Cerdeira, que avançou nos 200m peito com o 14º tempo
das eliminatórias.
“Foi meio pesado. Na primeira
nadada normalmente é difícil encaixar um bom ritmo, mas consegui a
classificação, que era o objetivo, e à noite tenho que nadar um pouco mais
forte para entrar na final. O importante é que quebrei o gelo e garanti a
vaga”, disse Cielo.
Depois de um início de prova
muito veloz, o nadador visivelmente segurou o ritmo para poupar energia, mas ao
fim da bateria se preocupou ao ver o resultado no placar do Centro Aquático.
“Não enxergo bem o placar ali da
chegada e estava em dúvida de quanto tinha feito. Quando vi o resultado fiquei
um pouco preocupado, mas tem um pouquinho para tirar para a final e é o que eu
vou fazer hoje à noite, tentar tirar esses centésimos que eu dei uma segurada
nas eliminatórias”, disse. “Vai ser complicado, essa está bem embolada. Acho
que tem que nadar na casa de 47. Com 48 não vai dar para brigar por medalha”. O
melhor tempo do dia foi do americano Nathan Adrian, que marcou 48s19 e venceu a
série de Cielo.
Um dos candidatos a um lugar no
pódio, Cielo aponta como favoritos o francês Yannick Agnel, que fechou o
revezamento 4x100m livre e garantiu o ouro à equipe e venceu também os 200m
livre, e o australiano James Magnussen, que se classificou com o quarto melhor
tempo do dia, 48s38. Agnel passou em 14º, com 48s93.
“Quem mais surpreendeu até aqui
foi o Agnel. Pelo jeito como ele fechou o revezamento e como nadou os 200m
livre ontem, acho que entra para os 100m livre como favorito”, analisa o
brasileiro, sem descartar Magnussen, que chegou a Londres dando declarações
fortes mas não conseguiu ajudar a Austrália, franca favorita a um lugar no
pódio do revezamento, a conquistar uma medalha (a equipe ficou em quarto
lugar). “Competição é isso aí, falou, agora tem que ter suporte mental para
aguentar tudo o que vem junto com as declarações. É por isso que eu não gosto
de falar muito. Mas ainda assim o coloco entre os favoritos para a prova”.
Nicolas Oliveira, que também
buscava uma vaga na semifinal, ficou em 24º lugar depois das eliminatórias com
o tempo 49s51 e não conseguiu a classificação.
Tales Cerdeira - Nos 200m peito, Tales Cerdeira garantiu uma vaga
na final com o tempo de 2min11s05, o quarto melhor de sua série e o 18º do dia.
O nadador, que não disputava a prova desde abril, quando conquistou o índice
olímpico no Troféu Maria Lenk, comemorou a classificação.
“O tempo era o menos importante,
o que eu queria era sentir a prova e entrar nessa semifinal. Tenho certeza de
que ainda dá pra melhorar muita coisa e essas vagas na final ainda estão
abertas. Sei que consigo melhorar esse tempo e se alguém bobear eu vou entrar”,
avisa o brasileiro. “Não nadava essa prova há muito tempo, então caí na água
meio sem saber o que fazer e agora vi onde posso melhorar, onde posso segurar
mais o ritmo. Vou estudar bastante agora e voltar melhor para a semifinal”.
Henrique Barbosa, outro brasileiro na prova, fez apenas o 19º tempo
das eliminatórias (2min12s05) e ficou fora da semifinal.
Também na manhã desta terça,
Joanna Maranhão se despediu dos Jogos de Londres 2012 ao parar nas
eliminatórias dos 200m borboleta. A brasileira foi a oitava de sua série com o
tempo de 2min13s17 e não conseguiu uma vaga na semifinal.
“Não sei bem o que aconteceu.
Estou bastante triste com o resultado de hoje, mas é mais um baque, é mais uma
mola que vai me impulsionar. Saio daqui com uma semifinal que não fiz em Pequim
e infelizmente não pude disputar os 400m medley, então fica aquele gostinho de
quero mais. Mas a luta continua”, disse Joanna.
Jornal da Mídia








